Textos e Posts

27/06/20

24/06/20

A "inocência" de quem dá demais se torna um fardo pesado para aquele que toma e não tem como retribuir. As relações resistem através da troca equilibrada, onde todos podem contribuir igualmente. A única exceção se dá no relacionamento entre pais e filhos: neste lugar, os pais dão aos filhos, que retribuem passando o que receberam aos netos. Assim, a vida segue adiante.
(Ipê Roxo) 

20/06/20

18/06/20

O que seria essa tal de consciência arcaica!? Bert Hellinger nos fala, que três níveis de consciência estão presentes e influenciam nossas vidas:
1) consciência individual - ou consciência do eu - que tem a idade e o peso dos anos de vida que você viveu, e é determinada por seus desejos e reflexões individuais;
2) consciência arcaica - ou consciência do clã ou grupal - que tem a idade e o peso do sistema familiar ou grupo ao qual você pertence, não tolera exclusões e é regida pelas três leis sistêmicas: pertencimento, ordem e equilíbrio nas trocas;
3) consciência de solução - também denominada "a grande alma" - que tem a idade do infinito e o peso do Todo, funcionando como uma força conhecedora que, sabiamente, une e conduz os outros dois níveis de consciência.

17/06/20

Sabe!? Você pode não entender bem a razão de estar doente, de não conseguir ficar com um companheiro, dos filhos estarem muito rebeldes, ou das coisas não irem tão bem pra você no trabalho, do dinheiro não vir, ou, vir e desaparecer rapidamente sem você saber como. Porém, se você aprender a olhar para essas dificuldades, e a prestar atenção nesses sinais, verá aí a mão amorosa da VIDA te corrigindo e te ensinando, quantas vezes for preciso, de novo... e de novo, sem nunca desistir. Até que um dia, você ou alguém mais à frente na sua linhagem, irá aprender a lição. E tudo poderá ficar diferente, e então a vida seguirá de um jeito mais leve. 

16/06/20

Onde você acha que estão suas moedas? Todas as vezes que a gente acha que deveria ter recebido dos pais mais do que recebemos, ficamos insatisfeitos e seguimos na vida buscando aquilo que achamos que falta, em outras pessoas. No parceiro, nos amigos, nos filhos, no chefe, no terapeuta. E ficamos esperando das pessoas algo que não reconhecemos, mas que já recebemos dos nossos pais. Então a vida fica muito mais difícil. Uma vez que tomamos aquilo que nos é dado pelos pais, aí é possível seguir a vida inteiros, como já somos, mas não tinhamos percebido antes. Então as relações e a vida flui mais leve e próspera. Quem se interessar pelo tema pode ler mais no livro "Onde estão as MOEDAS?" Escrito por Joan Garriga Bacardi. 

15/06/20

Se você anda deixando sua CRIANÇA interna no comando da sua vida, provavelmente essa deve estar bem emaranhada. A melhor competência para solucionar os problemas do mundo adulto com responsabilidade e centramento, é do seu EU adulto. 

14/06/20

Na relação a dois, todos os dias nos deparamos com o desafio de lidar com o outro, um outro que trás consigo uma nova forma de ver e viver no mundo. Nossa tendência é, muitas das vezes, a de querer que esse outro pense, deseje e faça como fazemos. Conheço pessoas que passam uma vida tentando mudar o companheiro (a), e sofrem verdadeiramente por não conseguirem. Isso ocorre porque temos por nossa família de origem (de onde viemos) um sentimento de fidelidade tão grande, e às vezes inconsciente, que não nos permitimos concordar e muito menos experimentar o que vem do outro. Essa fidelidade deriva do desejo de pertencer. Nossa vida, independente do mais que foi ou não dado, veio de nossos pais e a deles dos pais deles e assim por diante. Este fato é tão grande, e nos toma na alma de tal forma, que fica muito difícil pra nós fazermos algo diferente do que é feito em nossa família de origem. O sentimento, muitas vezes inconsciente, é de traição quando fazemos isso. Porém, a beleza e a grandiosidade de um relacionamento de casal está justamente na oportunidade que nos traz de evolução, de podermos junto com o outro nos tornarmos uma nova família. Essa nova família deve ter prioridade em relação a de origem. Em contrapartida, a prescedência é da família de origem. Por isso, é necessário que concordemos com o que aconteceu antes, em como é possível a forma de viver a vida em nossa família de origem, sem julgamentos ou críticas, e então nos permitirmos fazer um pouquinho diferente. É preciso olharmos um para o outro com abertura para o novo, numa postura de aprendizado e com um desejo para o Mais. 

11/06/20

Quantas vezes buscamos no terapeuta, ou em uma constelação familiar, uma espécie de magia, como se aquele evento, isoladamente, pudesse transformar tudo em nossa vida sem o nosso próprio esforço. E com isso, não quero dizer que essas ferramentas não sejam importantes ou válidas, elas são excepcionais, mas não são salvadoras. São ferramentas de ajuda. Nenhum terapeuta ou técnica poderá fazer por você o que você mesmo precisa fazer. Podem te mostrar algo, te indicar novos caminhos, mas só você poderá fazer acontecer na sua vida a inclusão, a mudança, o necessário para fazer acontecer a vida. 

09/06/20

Só conquistamos a plenitude na vida quando estamos, inteiros, plenos de pai e de mãe. Afinal, foi através deles que foi possível a vida chegar até nós. Porém, quando nos decepcionamos ou nos enraivecemos, e ainda aguardamos ou exigimos algo a mais deles, nossa vida perde potencia, perde força. E os efeitos disso podem ser percebidos através de doenças no corpo ou depressão, ansiedade, medo e pânico; através de problemas no trabalho e com dinheiro; e das questões com o parceiro e com os filhos.
Para nos reconciliarmos com os nossos pais, é preciso uma postura verdadeira de renúncia das expectativas que ainda temos para com eles. Exige de nós um olhar maduro para os pais. Um olhar que enxerga os limites do homem e da mulher por trás da função de pai e mãe. Exige também uma postura de sairmos do nosso papel de vítima, tão confortável quando precisamos nos responsabilizar pela nossa vida e tomá-la em nossas mãos. Talvez seja esse, na verdade, o grande desafio para nos tornamos verdadeiramente adultos de sucesso.

04/06/20

Já percebeu, que em situações onde julgamos ou desprezamos a atitude de alguém, muitas vezes acabamos nos tornando muito parecidos com está pessoa? E isso acontece também com os grupos. Vejam, quantas vezes, com a "desculpa" de nos defendermos, nos tornamos tão, ou mais, violentos e irracionais quanto nossos supostos algozes. 

01/06/20

Quem honra e respeita os pais, humanos e imperfeitos como são, com gratidão pelo que foi possível, honra também a vida, com toda sua abundância. 

29/05/2020

Muitas das vezes, alguns dos nossos comportamentos são meras repetições, é o que a gente chama de "transmissão psíquica geracional familiar". Porém, alguns destes comportamentos, que repetimos igual a um ou mais membros da família, são tóxicos. Se a gente não tiver plena atenção, entra num círculo vicioso. Isso se deve ao que chamamos de "amor cego" ou "lealdade cega" e tem haver com o desejo de pertencer a família. Cabe a cada um de nós construir novas modalidades de resposta às adversidades da vida. Porém, é preciso uma postura de não julgamento e de concordância com "o que" foi ou é ou com o "como" foi ou é possível para muitos da nossa família, para que o novo traga leveza e bons frutos à nossa vida.

24/05/2020

Bert Hellinger descreve algo que acontece conosco, e que muitas vezes não percebemos, quando nos fala de boa e má consciência. Boa consciência, para Bert, é aquela que está ligada ao desejo de pertencer a um grupo. Esse desejo pode nos levar a atos extremos, como cometer atos de violência e guerras, totalmente de consciência leve por nos sentirmos pertencendo ao grupo x e o outro não. Nós contra eles. Enquanto que, se vamos contra o que o grupo pensa, propõe ou faz, mesmo que seja algo que está nos prejudicando na vida, ficamos de consciência pesada, pois assim sentimos que estamos deixando de pertencer ao grupo. Desta forma, ficar de consciência pesada não seria tão ruim se o resultado na nossa vida fosse bom. Estou sempre agora de olho no que faço de consciência leve, pois pode ser que seja só para pertencer a algum grupo e acabe trazendo prejuízos para minha vida e para vida de outros. E você, anda fazendo muita coisa na vida de consciência leve?

12/05/2020

Sensibilidade, poesia, música, arte. A beleza e a delicadeza da arte pode nos proporcionar uma grande ajuda nesses tempos de distanciamento social. Aproveite o tempo para aprazer-se com o belo.


11/05/2020

"Freqüentemente, os conflitos originários jazem em um passado remoto, mas continuam atuando na alma dos descendentes até hoje." Bert Hellinger

Já passou pela experiência de ser mau tratado(a), xingado(a) em público, de ser provocado(a) e chamado(a) pelo outro para uma briga? Às vezes sem saber o porquê, você até procura um motivo, mas não encontra nada que justifique aquele comportamento do outro? Como você lida com esse tipo de situação? 1) Parte pro ataque, xinga ou briga também, e depois passa o dia nervoso(a)? 2) Fica paralisado(a), sem ação, se sente injustiçado(a), chora e fica mal o resto do dia? 3) Consegui olhar para a outra pessoa, perceber que não é pessoal e ficar bem? 

09/05/2020 Mensagem para todas as mães.

07/05/2020 Homenagem para minha mãe.

06/05/2020

Parece fácil mas não é. Essa conexão com o simples requer às vezes disciplina e uma constante renúncia ao ego.

05/05/2020

Estar bem com a vida que recebemos, vinda de quem veio, da forma que foi possível, seja como for, é nosso maior privilégio. Aproveite, é de graça e é uma Graça!!

04/05/2020 

Microorganismos não têm passaporte, ignoram fronteiras. Uma vez num país, espalham-se seguindo tão-somente as leis da natureza. A pandemia pelo COVID 19 tornou visível à todos uma verdade, às vezes esquecida, a de que somos um único povo - o povo terrestre - pois do alto, do espaço sideral, a terra é vista sem fronteiras, sem barreiras que impeçam a nossa inter-relação.

02/05/2020

01/05/2020 As Consequências da exclusão do pai.

24/04/2020

Sentir muito pela perda de tantas vidas pela pandemia do COVID 19 é legítimo, pois, sem dúvida, a vida de cada um neste planeta é preciosa. Quando olho o destino dessas pessoas e de suas famílias, eu sinto muito por tudo o que têm passado. Mas também vejo grandeza lá, vejo força, a força do sistema de cada um e a força do humano em cada um de nós. Acho que não seria legal começar a sentir pena, pois aí estaria diminuindo a força que tem lá, às vezes maior que a minha em circunstâncias parecidas. Na verdade, não sei como seria para mim viver o que eles estão vivendo! Não seria legal também, começar a sofrer, por eles e com eles, a ponto de passar a apresentar sintomas na minha própria vida. Sintomas como ansiedade, insônia, tristeza extrema, dores pelo corpo, alterações no apetite, dentre outros. Acho até que seria desrespeitoso trazer para mim algo que não me pertence. Essa não é a minha dor, esse não é o meu destino, é do outro. E seria desrespeitoso com ele se eu tentasse me igualar a ele, e a dor dele nesse momento. Tenho clientes e pessoas conhecidas que manifestaram seu desconforto pelo fato de ficar em casa enquanto tantos de nós, para fazermos nosso trabalho essencial, necessitamos, neste momento, nos expor ao risco de contaminação pelo COVID 19, nossa e de nossos familiares. Nós, profissionais de saúde da ponta, o caminhoneiro que traz o nosso alimento, o padeiro que faz nosso pão, o farmacêutico que vende o medicamento para os doentes, os repositores, caixas e demais pessoas do supermercado, o gari que leva o lixo, o motorista do ônibus e do aplicativo e tantos outros. Ouvi de mais de uma pessoa algo assim: "são tantas pessoas que estão expondo suas vidas para que "eu fique em casa, sem me expor a qualquer tipo de moléstia", e quero manifestar minha gratidão por essas pessoas estarem pensando em nós, reconheço este apreço. Não há dúvidas de que com o isolamento social, a taxa diária de transmissão é reduzida, e a curva de contaminados, achatada. Assim, o número simultâneo de pacientes que demandam leitos de internação cai muito, e o sistema de saúde consegue atender mais pessoas ao longo do tempo. Sendo assim, me sentiria muito mais honrada se o máximo de pessoas ficassem em casa e se protegessem, pois, além de nos permitir trabalhar dentro de um cenário possível, mais eficaz e mais humano, para os usuários infectados e para nós profissionais de saúde. Também salvaria o maior número de pessoas, e a vida de cada um neste planeta é algo precioso. Através das Constelações Sistêmicas Familiares, tenho compreendido o "amor" sob perspectivas profundas, bem diferentes do que comumente pensava existir. Uma das lições mais importantes foi entender que o ideal não é "amar demais", de forma desmedida, mas "amar" de forma ordenada e madura. "Amar" compreendendo e respeitando os caminhos da vida e os destinos de cada um. As situações de sofrimento têm o poder de despertar em nós a força de um amor naturalizado. É, muitas vezes, em uma situação de eminência de morte, como uma doença muito grave ou um acidente quase fatal, que descobrimos quão grande é o amor que temos por uma, ou mais, pessoas, em especial os da nossa família. Pode ser, que nessas situações extremas, tenhamos inclusive o impulso de oferecer nossa vida em favor da vida da outra pessoa. Nosso amor, então, começa a ultrapassar a barreira da compreensão. Esse amor começa a nos colocar em risco e suas consequências podem ser muito trágicas. Esse amor é "cego", porque não consegue ver além de si mesmo. O amor cego é um amor que adoece, pois ele inflige o autossacrifício: "Antes eu morrer do que você"; "Se você morrer eu morro junto". Amar cegamente é um caminho para o adoecimento. Em contraponto ao "amor cego", Bert Hellinger, o organizador das Constelações Familiares, identifica o "amor que vê". O "amor que vê", exige de nós muita maturidade e, principalmente, uma compreensão profunda sobre o que é a vida. Sobre como os destinos precisam ser acolhidos, e sobre como nossos laços precisam ser compreendidos. Quando alguém diz "quero morrer no seu lugar", isso causa sofrimento também em quem está doente ou morrendo, essa pessoa passa a sofrer com sua situação e a se preocupar com a situação do outro. Assim o sofrimento se duplica, somado à preocupação com os demais. O adoecimento alcança a todos da família.O "amor que vê" entende a dor e o sofrimento de todas as pessoas, mas também entende o lugar e o papel de cada um dentro do sistema. O "amor que vê", enxerga também o amor que vem do outro. Vem comigo rumo ao Mais! 

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

18/04/2020

Que bom poder comemorar e se sentir grata pela vida todos os dias! Essas coisas simples como o trabalho de casa, bordar, cuidar de si mesma, dos filhos e da família, são na verdade o que dá o verdadeiro sentido a nossa vida. Olhe e vivencie tudo isso com amor, beba desta simplicidade, cada pedacinho dela, viva! Viva enquanto tece sua linda obra; viva enquanto arruma a casa que te abriga; viva enquanto cozinha o alimento que te sustenta; viva enquanto lava e passa a roupa que te veste; a ti e a sua família. A vida é maravilhosa em todas as pequenas coisas! Aproveite!! 

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

18/04/2020

A questão do casal é entre o homem e a mulher e não entre o pai e a mãe. Toda criança tem o direito de ter um papai e uma mamãe. Quando aquilo que é o papai e aquilo que é a mamãe na criança pode existir, a criança fica livre.  

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

09/04/2020

Toda mudança pode trazer a sensação de insegurança e o medo do desconhecido. Temos muita necessidade de controle e, tudo que tem acontecido com todos nós, tem nos tirado essa ilusão de poder controlar as coisas. Ilusão sim, porque na verdade nos não controlarmos grande parte da nosso vida, só que, na rotina do dia a dia, acabamos criando a ilusão de que controlarmos as coisas. A verdade é que nós não sabemos o que vai acontecer no minuto seguinte, podemos ter um planejamento e no meio do meu caminho acontecer algo, de bom ou de ruim, que não havíamos planejado, fora do nosso controle. A diferença, é que agora não sabemos mais o que irá ocorrer no dia seguinte, porque tudo com relação ao vírus COVID 19 é novo. Hoje, nós sabemos deste algo que já era verdade, e isso traz desconforto, isso traz medo, angústia e insegurança. Tem muita gente se perguntando qual o significado espiritual de tudo isso. Sei lá! Acredito, que não devemos tentar responder apressadamente a essa questão, acho que vai passar muito tempo até termos a verdadeira noção do que isso tudo veio nos trazer. É grande demais, entende!? Sinto que, essa tentativa de entender, reduz a potência de tudo. O convite, a meu ver, é de silêncio, é de desaceleração, é de confiança. Sim, parece um paradoxo falar em confiança no momento como esse, mas é isso, confiança! Confiança no futuro, no futuro da humanidade, no futuro do mundo. Acho que é esse o convite e o necessário. Me lembra a oração da serenidade: "Senhor, dai-me força para mudar o que posso mudar, dai-me serenidade para aceitar o que não posso mudar, dai-me sabedoria para distinguir entre as duas coisas." Não posso mudar a presença do vírus no mundo, não posso mudar as ações do Presidente e o quê o chefe da minha empresa determina que tem que ser feito. O que eu posso fazer então? No meu caso, vou tomar as precauções necessárias e vou manter minha filha em quarentena. Posso, e preciso, mudar rotinas e adquirir novos hábitos. O caminho conhecido, por onde já passei várias vezes, aquele já percorrido por mim, e por muitos, parece sempre o melhor a primeira vista. Trilhar um caminho novo requer mais criatividade, mas disponibilidade, e nos leva a descobrir e a construir em nós novos rumos, novas habilidades. Me lembra uma frase de Mahatma Gandhi que diz mais ou menos assim: "Seja você a mudança que você quer no mundo."

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar


05/04/2020

Hoje vou fazer uma afirmação e quero que pensem a respeito: "É compulsório o dar e o receber entre pais e filhos. Faz parte da vida." Isso mesmo! É compulsório que os pais dêem o que eles têm de bom e de ruim, assim como é compulsório que os filhos recebam tudo, o bom e o ruim que vem dos pais. 

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

03/04/2020

Por que solidão? De onde vem a sensação de bem estar, de completude, de não estarmos sós? O fato de estamos sozinhos e o sentimento de solidão, são a mesma coisa? De onde vem a nossa força? Como fazer para nos sentirmos completos e nos sentirmos bem conosco mesmos? Como podemos nos conectar com algo tão poderoso que nos trará serenidade e leveza? 

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

29/03/2020

Nesse momento de isolamento tão necessário, muitos de vocês pais e mães estão enfrentando com seus filhos momentos de tédio e a falta de atividades regulares. E essa vivência, quando prolongada, pode acabar levando a um estado de desânimo. Minha sugestão é encontrar formas criativas de ocupar e entreter seu filho ou filha. Busque atividades manuais e atividades físicas que possam ser realizadas em casa. Há várias idéias criativas sendo postadas nas redes sociais. Estabelecer uma rotina diária também vai ajudar a você pai e a você mãe, e aos seus filhos, neste propósito. Assente com seu filho ou filha, organizem o dia por atividades e escrevam num papel. Evite deixar as crianças e adolescentes sozinhos por longos períodos com jogos eletrônicos e redes sociais. Eles podem entender esse tipo de solidão como uma forma de abandono. Momentos de privacidade são desejaveis e nos permite uma reflexão pessoal, porém isolamento prolongado pode levar a uma tristeza em excesso. Estabeleça regras, determine um tempo máximo para estas atividades, intercale com outras de forma que eles possam vivenciar uma série de sensações e experiências durante o dia. Possivelmente vocês estão dividindo seus espaços de confinamento com outras pessoas do núcleo familiar. Nossa individualidade é importante, mas a dimensão coletiva não pode ser ignorada. É importante que todos tomem consciência das dificuldades atuais, exercitando empatia, firmando acordos e regras de convívio, e buscando um elevado espírito de colaboração e apoio mútuo, a fim de tornar a vida agradável durante esse período. Não desanime, enfrentaremos esse tempo com consciência, inteligência e empatia. 

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

21/03/2020

Toda essa situação com a presença do coronavírus no Brasil e no mundo, e a necesdidade de diminuirmos nossa circulação e, muitas vezes, nos mantermos isolados, nos obriga a modificar rotinas e a nos tornarmos mais criativos. Precisamos compreender e ajudar nossos filhos a compreender também, que estar isolado não é uma punição e sim uma preservação e contribuição para o bem comum. Ajuda se garantimos a nossos filhos que permanecer em casa por alguns dias é necessário, mas
não é uma condição definitiva.
Em breve, tudo voltará ao normal.
É importante também, ter cuidado com as informações em excesso que podem gerarANSIEDADE! Eu entendo, que a seriedade deste assunto, as responsabilidades, as dificuldades, as angústias de tudo isso, nada disso deve fazer parte da vida das crianças. Principalmente as menores. Seriedade, responsabilidade, isso é do mundo do adulto. Crianças e adolescentes não têm estrutura para escolher ou decidir o que precisa ser feito. Então eu faço essa orientação, EVITE que as crianças sejam expostas a um excesso de informações dispensáveis. Não permita que elas assistam noticiários e postagens sobre o assunto. Mas, muitas vezes, é impossível evitar que informação chegue até elas, e elas podem insistir em perguntar, nesse caso, podemos responder de forma simples e segura. Fale apenas o necessário. Algo assim: "Olha é uma gripe que está acontecendo e nós vamos nos proteger para não ficarmos doentes." Ponto. Acho que até entre a gente, nós adultos, a gente precisa falar menos sobre tudo isso. Vamos trazer só as informações práticas, úteis, relevantes do dia a dia, coisas práticas que a gente precisa lidar. Importante que você pai e você mãe também evite o extresse desnecessário, procure assistir noticiários apenas uma vez ao dia.

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

16/03/2020

Convido vocês para conversarmos hoje sobre um tema bastante atual e que vem atingindo todos nós. O coronavírus.
Coronavírus nos lembra de que somos todos Um. Um só povo! O que afeta a China passou a afetar o Brasil e o mundo. Afinal, pertencemos ao mesmo povo, a raça humana. Existe uma dicotomia entre atitudes individuais e individualistas, onde cada um está interessado em sua própria sobrevivência, como correr à farmácia e acabar com o estoque de álcool gel e mascaras, correr aos supermercados para estocar grande quantidade de suprimentos, sem se importar com o outro que ficou sem. E atitudes de solidariedade, de ajuda mútuas, de profissionais e voluntários que exaustivamente estão enfrentando a doença, a falta de leitos e de material adequados, o risco de contágio seu e de seus familiares, como vem acontecendo na Itália, segundo informações de amigos que lá residem. De alguma forma a vida nos está propondo uma reflexão. O eu versos o nós. A interconectividade é algo positivo que nos leva a expandir a consciência, mas se contrapõe a individualidade onde achamos que estamos uns contra os outros. Importante estarmos conectados com nossa percepção, e com o Todo, pois, se nos ligamos ao efeito manada, o resultado é o medo e o pânico. Vou deixar disponível no canal algumas sugestões de vídeos para trabalhar a prevenção com seus filhos sem pânico.

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

13/03/2020

Hoje vou propor a você mãe e a você pai, que experimente fazer o exercício sistêmico. Através de exercícios assim, você pode se mover e assumir o que ainda não havia sido resolvido e deixar seu filho ou filha mais livre para viver apenas seu próprio destino. Sem carregar nada, nada além disso. "Ser apenas filho ou filha."
Porém, talvez você precise de ajuda para liberar sua criança de destinos mais difíceis ou histórias mais complexas.
Para isso, recomendo que você faça uma Constelação Familiar e ou uma terapia com base sistêmica.
Gostaram do vídeo? Coloquem suas opiniões aqui em baixo e dêem sugestões para novos vídeos. Cliquem no joinha e se inscrevam no canal.
Vem comigo rumo ao Mais! 

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

06/03/2020

Na semana passada falei um pouco sobre como nossos filhos, por amor, são capazes de muitos movimentos ao ponto se tornar o que denominamos "crianças difíceis".
Recebi um depoimento de uma mãe relatando que sua filha de 6 anos tem medo de tudo. Medo de dia, medo de noite, medo de ficar sozinha, medo de animais. E disse que tem se sentido impotente para ajudá-la. O medo faz parte da vida e tem uma função importante. Serve para nos alertar e proteger de situações difíceis. Mas, escutando esse depoimento, percebemos que o medo passou a impedir essa criança de ir para vida. Então, podemos ver que aí tem algo além, sob o olhar sistêmico podemos entender que tem algo por trás destes medos. Algo que demanda um olhar. Difícil de dizer da onde vem o medo, cada situação é única e de maneira geral não existe uma causa e um efeito único. Um certo e um errado. Existem respostas específicas para cada uma das situações e para cada um, em seu contexto sistêmico específico. Às vezes, ficamos presos a situações comuns e assim indisponíveis para o mundo e para a vida. Situações comuns como mortes, perdas prematuras, dificuldades diversas da vida. Nossos filhos, muitas vezes, olham para isso e também se tornam indisponíveis. Eles podem carregar nossas dores e medos, traumas e dificuldades, assim como de nossos antepassados. Porém, o medo pode ser nosso grande aliado uma vez que ele sinaliza este algo por trás que precisa ser visto. Ele pode servir para que a gente olhe mais detidamente para o que está além da superfície. Olhe com carinho para o medo, ele tenta dizer muitas coisas para gente. A consciência traz força, quando vejo a raíz do problema aí é possível seguir em frente, é possível mudar. Quando damos um lugar a algo, ou vemos algo de outra forma, aí podemos nos mover.
Na próxima semana farei, com você pai e com você mãe, um exercício para ajudá-lo a perceber melhor o que ainda não foi resolvido em seu sistema, e assim deixar seu filho ou filha mais livre para viver apenas seu próprio destino.

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

28/02/20 

Hoje quero conversar com vocês sobre "crianças difíceis". São na verdade uma gama de situações que levam vocês pais a descreverem suas crianças como "difíceis". E, de fato, elas por vezes são bastante trabalhosas. Mas hoje, quero falar aqui de uma situação específica, daquela criança que, ao ver sua mamãe ou seu papai sofrendo, ou com alguma dificuldade, logo vem em seu socorro. Mas como? Bem, ingenuamente e, às vezes sem se dar conta, a criança acredita poder salvar alguém bem maior que ela. Ela fantasia então ter esse poder, além de suas capacidades, como um super-herói.
Aí, se a mamãe ou o papai está preocupada (o) com algo, ela logo vem em seu socorro, e com o seu comportamento de "dar muito trabalho" desvia a atenção da mãe ou pai da preocupação original. Quantas vezes já ouvi: Não dá nem tempo de ficar triste ou de sofrer por tal coisa.
Esses movimentos são muito comuns nas famílias e essas crianças não estão fazendo nada que os pais já não tenham feito por seus próprios pais. O que fazer então? No caso de seu filho ou filha iniciar um comportamento mais difícil preste atenção, observe se quando esse movimento iniciou, você estava com algum tipo de problema ou preocupação. Caso consiga identificar algo assim, pare um instante, respire fundo, sinta sua força interna, perceba essa força vinda de seus antepassados até você e te preenchendo, acredite, você a têm. Depois disso, converse com sua criança e lhe assegure que ficará tudo bem, que você dará conta de solucionar a questão e que a criança pode voltar a cuidar das coisas dela, de seus brinquedos, de seus estudos, de seus amigos. Assim, você ajuda sua criança a deixar de tentar fazer por você, e a libera para viver a sua própria vida.
Como disse Bert Hellinger: "As crianças mais difíceis são aquelas com mais amor."

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar


21/02/20 

Hoje convido vocês para conversarmos sobre crianças, e às vezes até alguns adolescentes, que dormem com um ou os dois pais. Por vezes, recebo demanda de pais dizendo que seus filhos não querem deixar suas camas e irem para as deles próprias. Quase sempre a justificativa é de que eles têm medo de dormir sozinhos. Porém, o que tenho observado é que esse comportamento muitas vezes esta ligado ou a necessidade, deste pai ou mãe, deste contato e presença da criança como substituto do par parental ausente. E, neste caso, a criança se coloca a disposição, inclusive tomando inconscientemente para si a responsabilidade pela situação, uma vez que ela acredita que o papai ou a mamãe está com medo de ficar sozinho, tomam pra si esse sentimento. Ou muitas vezes a criança se coloca a disposição, de um ou dos dois pais, para separar o casal. Podendo assim se aliar ao que deseja esse afastamento do companheiro (ra) e reivindicar a atenção e cuidados do pai ou da mãe. Quantas vezes esses pais acabam se tornando indisponíveis, inclusive sexualmente, para seus companheiros (ras), não é mesmo? Vou lhes contar uma experiência de um dos meus atendimentos: essa mãe se queixava que sua filha de 6 anos tinha medo de dormir sozinha e de escuro. Em seu relato, ela dizia que a criança ficava na própria cama até o pai sair para trabalhar, por volta de umas 3 horas da manhã, então ela vinha para a cama da mamãe se queixando de medo e dormia com ela o resto da noite. Ouvindo esse relato, questionei a mãe: não é interessante perceber que até às 3 da manhã sua filha não tem medo de dormir sozinha? E acrescentei: Quem de fato tem medo? A mãe ficou espantada, e confessou que sim, no início, quando o marido começou a sair nesse horário para o trabalho, ela ficava insegura.
Propus então, que ela conversasse com a criança e garantisse a mesma que estava tudo bem, que ela, mãe, daria conta de dormir sozinha e que a criança poderia ficar na sua própria cama. Qual não foi a surpresa da mãe quando a criança, depois de pouca resistência, aceitou a proposta, inclusive solicitando que a mãe apagasse a luz, e a partir daí, não mais se queixou de medo de dormir sozinha.
Alguns filhos, por amor, assumem algo de seus pais esperando dar conta de solucionar para eles os problemas, mas elas se esquecem que são muito pequenas diante de seus pais, e com isso elas fracassam e perturbam o sistema familiar pois burlam a ordem hierárquica.
Quando os pais trazem para si as suas responsabilidades e as assumem, os filhos sentem-se acolhidos, amados e voltam aos seus lugares como filhos e todo o sistema se ajusta.
Como podemos perceber, se você pai e você mãe olhar melhor pra si mesmo(a) e estiver disposto(a) a mudar sua postura, pode se surpreender com a melhora e resposta rápida da sua criança. 

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

17/02/20

Pais e Filhos Rumo ao Mais
Estou abrindo este canal, pais e filhos rumo ao Mais, para conversar um pouco com você que é mãe e com você que é pai sobre as dificuldades que seus filhos e filhas muitas vezes apresetam na escola e ou na vida e como você pode ajudá-lo melhor.
Os filhos amam profundamente seus pais e, muitas vezes, por eles carregam suas dores.
Esta afirmação pode parecer um pouco estranha, não é mesmo?! E vocês provavelmente estão aí se perguntando, mas como assim Aléxia!?
Quase sempre o que vemos em uma constelação familiar ou nos atendimentos terapêuticos no consultório, quando os pais trazem como tema um filho ou filha com um comportamento difícil, agitado, inadequado, agressivo, disperso, ou mesmo, uma doença que não melhora, é que logo surge algo sobre os próprios pais.
Percebemos então, que um dos pais, mãe ou pai, ou mesmo os dois, não estão em sua plenitude e força.
Por vezes, encontram-se ainda muito envolvidos com as histórias de suas famílias de origem ou com suas próprias histórias anteriores, estando, assim, indisponíveis para os filhos.
Segundo Bert Hellinger, o organizador das Constelações Familiares Sistêmicas, aquilo que não ficou resolvido em uma geração, as gerações seguintes irão levar consigo.
Desta forma, os filhos, netos e bisnetos por vezes carregam histórias que ainda precisam de uma solução.
Como ajudar seu filho então?
Venho convidar, você mãe e você pai, para estarmos juntos através desse canal por alguns momentos durante a semana e conversamos mais sobre isso. Pretendo trazer à vocês, mães e pais, dicas preciosas para ajudá-los a identificar essas posturas e mudar o rumo desta história.
Vem comigo rumo ao Mais!

Aléxia Baeta - Projeto Mais
Psicoterapia & Constelação Familiar

20/12/19

Percebo que ajudo realmente ao cliente quando ofereço uma visão mais ampla do seu sistema e este, ao dar um lugar especial aos pais e ou aquele membro excluído da família, floresce, ganha nova vida e energia, trazendo bons efeitos para a vida.

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12/12/19

Sobre tomar o pai e sentir-se plena. Acompanhei uma cliente num momento muito legal e queria compartilhar com vocês. Há algum tempo estamos trabalhando sua reconexão com o pai. Nesse processo várias questões já foram olhadas e mudanças já foram feitas por ela em sua vida. Ultimamente ela tem falado muito em seu amadurecimento e no amadurecimento do filho adolescente. Hoje ela me relatou que está no processo de cessação do tabagismo. Diz que antes, fumava por qualquer motivo: tristeza, alegria, fome, solidão, ansiedade. Porém hoje, não sente que o fumo tem um propósito e descreve que sente-se preenchida, cheia, e que não vê mais um lugar para o fumo em sua vida. Muitas vezes me perguntam, que diferença fará esse negócio de incluir pai Aléxia? Através desses bons efeitos descritos acima, podemos perceber o quanto é importante incluir os pais e sentir-se plena na vida.

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14/11/19

Quantas vezes a gente lamenta e reclama e acredita que dessa forma está querendo ajuda? As vezes até procuramos um terapeuta, um profissional da ajuda, mas com uma atitude só de queixa. Bert nos alerta de que essa postura revela que não estamos dispostos a modificar algo ou a receber ajuda de fato. Será que nos colocamos diante dos nossos problemas disponíveis para olhar qual o nosso papel para chegarmos até aquele ponto, ao invés de olharmos para o externo que contribuiu para isso? Até que ponto estamos dispostos a mudar de postura na vida? Até que ponto estamos dispostos a desistir e a nos render àquilo que não podemos mudar pessoalmente? Na verdade, muitas vezes queremos alguém que nos dê razão, que esteja "do nosso lado". O que não percebemos é que essa postura nos tira a força, nos torna pequenos e estáticos, sem possibilidades de movimento, mudança de padrões, de solução para nossa dificuldade e de levar a vida adiante. 

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04/11/19

Esse tema morte, quase sempre traz dor para quem já perdeu alguém. Meu pai faleceu a quatro meses e no início foi muito dolorido, porém hoje sinto minha alma expandir a cada vez que penso, sinto ou falo nele e me alegro pelo tempo que tivemos juntos. A morte não precisa ser vivida como uma cruz, uma perda irreparável. Pode ser mais leve a medida que ficamos com a memória, a presença e damos um lugar na alma para a pessoa que morreu. Não precisa ser vivenciada como perda, "era/foi meu pa,i era/foi minha mãe...", mas sim como "é" e sempre continuará sendo meu pai, minha mãe, minha irmã, meu filho, meu marido...; aqui agora ainda "é", e tem um lugar eterno no meu coração.  

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29/10/19

O pensamento sistêmico nos permite sair da fantasia, vir para realidade da vida, integrar internamente todas as experiências, enxergar todo o tesouro que recebemos da vida e assim, de forma consciente e, da melhor maneira que pudermos, o crescimento interno se realiza em nós e o novo consegue chegar. 

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23/10/2019 

15/10/2019 

Ansiedade e necessidade de controle. Quase todos nós sofremos um certo tanto disso. Tem algumas coisas que para nós, seres humanos, é muito difícil como: perder o emprego, perder um ente querido para morte, perder a saúde perder as pessoas perto (um filho que vai cuidar da vida longe por ex). Dependendo de como me posiciono, pode ficar de um tamanho proporcional ou pode ficar enorme o meu sofrimento diante de situações difíceis. Então, como ficar saudável diante daquilo que a vida manda para todos nós? De uma forma ou de outra a vida nos coloca em uma posição de vulnerabilidade. Eu não tenho controle sobre aquilo que acontece fora de mim. Existe uma vulnerabilidade do ser humano diante da vida. Não sei o que vai acontecer nem daqui a um minuto. Isso é ruim?! Não, a vida simplesmente é assim. O que precisamos então é olhar para dentro e buscar um posicionamento mais saudável. Se eu fizer um movimento de querer controlar isso, vai gerar um adoecimento maior, e vou sofrer muito mais. É preciso reconhecer que eu não tenho controle de absolutamente nada, e que o que tiver de acontecer irá acontecer, gastando energia ou não com a tentativa de controle. E se vier isso de difícil que eu imaginei que irá vir, vai me encontrar enfraquecido por gastar minha energia de uma maneira inadequada. Às vezes as coisas podem até ser simples, mas como estou sem força e pequena diante disso eu me embaraço. Essa força interna fica disponível, quando eu tomo a força que vem através do meu pai e da minha mãe. Assim, tenho acesso a toda a força dos meus ancestrais e sou impulsionado a olhar para a vida e para as possibilidades, para o que está disponível. Achar que posso controlar a vida é uma decisão infantil. Se sou adulto, agora não é mais o papai e a mamãe que dá, sou eu que tenho que me dar o que quero. Então primeiro passo é aceitar a vulnerabilidade e o segundo passo é me conectar com a a força interior e reconhecer que mesmo diante da pior coisa que a vida pode me mandar eu tenho uma força interna capaz de dar conta, pelo menos de sobreviver. Depois é possível cuidar dos machucados, sacudir a poeira e seguir com a vida. 

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11/10/2019 

Aceitar e concordar. Hoje refletindo sobre esses dois conceitos, que a primeira vista parecem iguais, mas que na essência são bem diferentes, percebi algo em mim. Há três meses meu pai faleceu e só agora me dei conta de que eu havia aceitado, porém durante muito tempo ainda não tinha concordado com esse fato. Eu sabia que não podia mudar a situação, que não tinha nada a fazer. Foi difícil, doloroso, mas tive de aceitar o ocorrido. Tipo, eu aceito mas não concordo. O aceitar vem quando desistimos de algo, mas ainda temos uma certa objeção ao fato. É como quando dizemos: eu engulo a situação, por não ter ação ali, mas não concordo com ela. Percebi que nos últimos dias vinha me sentindo melhor, emocional e fisicamente. Já não me sentia mais triste, a energia de vida para meus projetos retornou, e agora entendi o porque. Porque hoje eu concordo com a morte do meu pai. Eu estou de acordo com a ida dele sem nenhuma objeção, sem nenhuma exigência, assim, do jeito que foi, é o certo.  

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06/10/2019

Muito se fala sobre tomar os pais nas constelações familiares. Algumas pessoas não entendem o que Bert quis dizer com essa expressão "tomar os pais". Aprendi com meus professores, Tatiana Guimarães, Décio e Wilma Oliveira, que não se trata de romancear a relação com os pais, mas sim vê-los na sua humanidade. É ficar em ordem com o meu passado e com meu destino. Aceitando aquilo que é como é, respeitando o que foi possível até então para meus pais e para mim, e ficando em paz com isso. Muitas vezes um ou os dois pais não estiveram disponíveis emocionalmente, ou por vezes nem fisicamente, e isso pode trazer muita dor para o filho. Se na relação com um ou os dois pais eu julgo, tenho dó ou vergonha, uma exclusão acontece na minha alma e fico "órfã na vida". Não se trata aqui de desculpar os pais, e sim de desistir de mudar isso e, com gratidão pela vida que me foi trazida por esses pais, eu me comprometo a seguir em frente da melhor forma que eu conseguir.

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04/10/2019

Todos os dias em que eu apreendo algo novo, me dou conta de que esse "algo novo" já tinha sido ensinado pelos meus professores do IDESV, Décio e Wilma, durante o treinamento em constelações familiares. Eu não entendia muito bem essa coisa da diferença no resultado entre quando queremos saber o "por que" e quando nos perguntamos o "pra que" das coisas. Escutando a live da Inês Rosângela hoje, comecei a entender melhor. Percebi que o "por que" olha para trás e quer encontrar um culpado, um evento causador, já o "para que", olha para frente e tenta vislumbrar aonde isso me leva. Assim, uma forma de questionamento me leva a lamentar o que passou sem oportunidade de modificar nada, enquanto que a outra forma me leva a buscar aprender com os acontecimentos e tirar lições que por certos existem em meio aos acontecimentos da vida, agradáveis ou desagradáveis, bons ou ruins, e a olhar para novas possibilidades. 

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23/06/2019

Diálogo da manhã...
- Mãe, quando eu crescer vou ser caçador de tesouro.
- Que legal, filho, como é isso?
- Vou viajar pelo mundo, mãe.
- Vc vai pelo mundo atrás de tesouros perdidos?
- Mãe, vc não entende nada de tesouro. Eu vou viajar pelo mundo. Aí o tesouro aparece, se ele quiser. Se ele não quiser, não aparece de jeito nenhum.
Fim ❤️
Uma amiga postou esse diálogo que teve pela manhã com o filho e, assim que li, me encantei com a forma simples deste pequeno menino falar de coisas tão profundas. Pedi a ela permissão para usá-lo como introdução para falarmos de de um dos grandes ensinamentos que Bert Hellinger nos trouxe através da Constelação Familiar Sistêmica, a "aceitação".
Quem não viveu momentos na vida em que preferia que tudo fosse de outro jeito. Coisas do tipo "e se" eu tivesse aceitando aquele trabalho? ou "e se" eu ou o outro não tivesse feito isso ou aquilo? "e se" eu ou o outro fosse diferente? Muitas das vezes dizemos ou pensamos "Ah! e se meus pais fossem diferentes?" Então, o filho não seria eu! Simples assim.
Através das fantasias, escondemos as insatisfações do que é real na vida e a não aceitação perante o que aconteceu e acontece para nós em nossa infância ou em nossa fase adulta. Permanecemos inocentes e os inocentes não conseguem crescer.
Para Bert a possibilidade de crescimento está em olhar para aquilo que é negado e dizer: "Sim, agora tomo você como é, sem querer que seja de outra forma". Esta decisão nos permite sair da inocência e crescer de forma responsável.
Dizer sim é estar em sintonia com a vida. É aceitar a vida como ela é; sair da queixa e parar de brigar com a realidade, aceitar o que não pode ser mudado e não depende de nós para mudar. Numa postura de gratidão ao que já somos, e ao que já temos. Reconhecendo que tudo está certo do jeito que é não ficamos na obstinação pelo resultado, seguimos os sinais e as sincronicidades de encontro aos tesouros da vida. Essa postura é bem diferente do conformismo, de ficar na zona de conforto. Vamos para a ação, no entanto, na postura interna do sim!
Para seguir a vida em sua plenitude, precisamos alcançar este lugar de aceitação. Ao aceitar o que é, podemos usufruir dos grandes benefícios, que recebemos deste lugar, desta mesma fonte junto ao que é, junto com os nossos pais e ancestrais e é no real do que está posto que encontramos a grande força para seguir adiante.
O pensamento sistêmico nos permite sair da fantasia, vir para realidade da vida, integrar internamente todas as experiências, enxergar todo o tesouro que recebemos dos pais através da vida que chegou e assim, de forma consciente e da melhor maneira que pudermos, o crescimento interno se realiza em nós e o novo consegue chegar

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16/06/2019

"Não existe nada melhor do que aquilo que é. Não existem pais melhores do que aqueles que temos, futuro melhor do que aquele que se encontra diante de nós. Aquilo que existe é o que há de maior. Neste sentido, felicidade significa que acolho tudo em meu coração, do modo que é e me alegro. É este o máximo da felicidade: quando nos alegramos com a realidade da forma que é, e quando nos alegramos com os nossos pais da forma que são, com o nosso passado assim como foi, com o nosso parceiro, da forma que ele ou ela é, com os filhos da forma que são, exatamente da forma que são. É a melhor coisa que existe. Esta alegria é o máximo da felicidade. Ela vem do coração. É ampla e irradia luz. Em torno dela, outros se sentem bem, ela inclui muitos. É satisfeita e grata, toma e dá." (Hellinger, Bert. Ordens da ajuda. Patos de Minas: Atman, 2005.)  

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14/06/2019

Os estudos de Bert Hellinger trazem o conhecimento das influências do sistema familiar para todos os integrantes que fazem parte dele.
Em nosso sistema familiar, estamos submetidos à cultura dessa família, isso significa que o que pode ser visto como negativo em um sistema pode ser considerado algo positivo ou incentivado em outro.
Nosso padrão de culpa ou inocência interna está atrelado ao que é aceitável ou condenável pela nossa cultura familiar. Se seguimos de acordo com o que é aceitável em nosso sistema familiar, experimentamos isso como uma postura inocente, sem peso.
Porém, se vamos contra algum valor do nosso sistema familiar, sentimos isso como uma culpa, e também como algo pesado.
Ficamos presos na continuidade do que sempre foi feito, mesmo que o resultado não nos agrade. E isso nos traz um sentimento de inocência.
Um ponto interessante que Hellinger traz é que nossa evolução pessoal só é possível através do sentimento de culpa. Isso se explica pois para crescermos, temos que deixar para trás algumas coisas que aprendemos mas que não nos servem mais.
Sair do padrão estabelecido está atrelado em grande parte em lidar com a culpa que vem deste sentimento, pois nosso interior sente isto como uma possível perda de pertencimento ao nosso sistema.
E aqui reside um grande desafio: se abrir para o novo sem precisar desonrar o que estava disponível anteriormente, e que nos levou até aquele ponto, de uma nova possibilidade. Somente neste lugar podemos seguir para vida, olhando com respeito e gratidão de onde viemos. Aquilo que fez parte prepara a base para que o novo chegue.
A constelação familiar ajuda neste processo, ao dar uma oportunidade de olhar para a questão para além do que percebemos no dia a dia. Com esta informação e esta vivencia, estamos mais próximos de tomar nosso caminho nas mãos, e como adultos e responsáveis, seguir adiante rumo ao Mais. 

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13/06/2019

"Toda pessoa que lamenta, não quer agir. Todo consolo para alguém que se lamenta apóia a sua não-ação." Bert Hellinger

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09/06/2019

O relacionamento de casal nos oferece a grande oportunidade de aprendermos a incluir o diferente e ampliarmos nossas experiências. Na relação a dois, todos os dias nos deparamos com o desafio de lidar com o outro, um outro que trás consigo uma nova forma de ver e viver no mundo. Nossa tendência é, muitas das vezes, a de querer que esse outro pense, deseje e faça como fazemos. Conheço pessoas que passam uma vida tentando mudar o companheiro (a), e sofrem verdadeiramente por não conseguirem. Isso ocorre porque temos por nossa família de origem (de onde viemos) um sentimento de fidelidade tão grande, e às vezes inconsciente, que não nos permitimos concordar e muito menos experimentar o que vem do outro. Essa fidelidade deriva do desejo de pertencer. Nossa vida, independente do mais que foi ou não dado, veio de nossos pais e a deles dos pais deles e assim por diante. Este fato é tão grande, e nos toma na alma de tal forma, que fica muito difícil pra nós fazermos algo diferente do que é feito em nossa família de origem. O sentimento, muitas vezes inconsciente, é de traição quando fazemos isso. Porém, a beleza e a grandiosidade de um relacionamento de casal está justamente na oportunidade que nos traz de evolução, de podermos junto com o outro nos tornarmos uma nova família. Essa nova família deve ter prioridade em relação a de origem. Em contrapartida, a precedência é da família de origem. Por isso, é necessário que concordemos com o que aconteceu antes, em como é possível a forma de viver a vida em nossa família de origem, sem julgamentos ou críticas, e então nos permitirmos fazer um pouquinho diferente. É preciso olharmos um para o outro com abertura para o novo, numa postura de aprendizado e com um desejo para o Mais.

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06/06/2019

"E de repente a vida te vira do avesso e você descobre que este é o seu lado certo!" Sabe aqueles momentos em que a gente acredita que tudo deu errado? Aqueles momentos em que, no meio do caminho, algo acontece e atrapalha o que planejei com tanto cuidado? Quando meu companheiro vai embora, quando perco meu emprego, quando adquiro uma doença, quando sou roubado, quando morre alguém que amo, quando uma lei muda? E a gente acha que está tudo perdido. Na verdade eu já passei por diversas destas situações, algumas bem complexas, e já acreditei ser a pior coisa da minha vida. Estranhamente, nos últimos tempos, venho aprendendo até a gostar delas. Venho percebendo que é justamente nesses momentos que a vida acaba me levando para onde nunca pensei em ir, me faz perceber que a mudança de rumo pode ser pra melhor e me força a encontrar soluções nunca antes pensadas, me tornando a melhor versão de mim.

Aléxia Baeta - Projeto Mais
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03/06/2019

Todos nós tendemos a querer nos livrar do que consideramos ruim e viver só dentro do que está ligado à nossa noção de felicidade. Ficamos nervosos com as dificuldades. Queremos excluí-las Queremos nos livrar das dificuldades, das pessoas e coisas que não gostamos, das idéias estranhas ou contrárias às nossas, do que incomoda ou é estranho a nós. Mas ao negar os desafios, negamos a história, a nossa trajetória, os aprendizados que essas experiências trazem para nossas vidas.
Você já passou por momentos de sofrimento, perdas, decepções onde achou que tudo estava perdido ou que era a pior coisa que te aconteceu na vida? Porém, mais tarde percebeu que foi a melhor pois desta mudança de rota veio uma coisa muito boa? Eu já passei por várias situações assim.
Na filosofia da constelação familiar de Bert Hellinger, a aceitação ao destino é um ponto chave para os movimentos internos de mudança.
As dificuldades que surgem em nossa vida são algo que nos pede atenção e que é importante ao nosso desenvolvimento. Ao acolher o que se apresenta, estamos dando alguns passos adiante no nosso processo de viver e no nosso caminho de melhora pessoal.

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Alexia Machado Baeta - Doctoralia.com.br